Por que o Brasil é um país atrasado?
Essa é uma questão de 1 milhão de dólares. Vivemos sob uma natureza excepcional mas com uma cultura de submissão. Não conseguimos nos libertar da maior escravidão que é a intelectual. Sempre pensamos como os outros de Paris, Nova York.
O Brasil está sendo moldado pela conjuntura internacional a ser um país de serviços e revendas. A se limitar a ser um explorador de commodities. O Brasil não pode ser um país subserviente. Deve ser um país com destino. O país necessita deixar de ser refém. Necessita ser capaz de gerar sua própria riqueza.
O povo brasileiro ainda está procurando a sua História. Não ser utilizado pela geopolítica mundial como um mero trabalhador braçal. Existe algo a ser encontrado que é a sua relação com o conhecimento. A nossa cultura ser capaz de modificar a realidade.
As ruas e a mídia brasileira ainda estão longe de identificarem a presença da Era do Conhecimento. Do novo homem que está chegando. Entretanto a sua crença na educação através de uma Praça Tahir do Conhecimento é um bom começo. O povo brasileiro anseia participar dos salões da Era do Conhecimento. Ser protagonista.
Os sociólogos gostam de apontar que o Brasil só tem um problema que á a desigualdade. O resto é consequência. Citam que 1% dos donos de terras tem mais de 50% das terras cultiváveis. Não ampliam a discussão. A de que o formador de riqueza não é mais simplesmente o trabalhador que sabe plantar uma semente. Não entendem que o novo cultivo está na folha em branco.
O Brasil precisa gerar riqueza. Consultar a História para compreender seus meios de produção. Identificar não somente as terras, as fábricas, como as folhas em branco. A novidade da Era do Conhecimento é a produção de riqueza a partir da folha em branco. Esse é o novo valor.
A ótica atual é a de para o país se desenvolver necessita de fazer reformas trabalhistas, previdência, tributária, privatização. Extirpar esses males por uma quimioterapia política. É cega a relação de que o desenvolvimento de um país está relacionado a sua capacidade de gerar espaço psicológico. Não se posiciona em defesa do conteúdo nacional.
O Brasil vive sua Idade Média na Era do Conhecimento. Momento notável aqueles que estão a procura de caminhadas. Há um novo curso a ser tomado. O de um Mundo movido pela tríade trabalho-capital-conhecimento. Uma época em que o novo insumo é o conhecimento sendo depositado.
O momento histórico é o do Brasil discutir seu atraso. Somos um país ineficiente. Embora aplique volume relativamente grande de recursos da sociedade em programas universais, como saúde e educação, o Brasil colhe resultados piores do que outras nações em condições assemelhadas. As empresas, na média, exibem baixa produtividade a despeito da ampla teia de subsídios destinada a salvaguardar segmentos tidos por estratégicos. Somente 2% de nossa indústria atinge o patamar de indústria 4.0
Ao mesmo tempo somos um país infernal para negócios. O emaranhado regulatório e as forças que a todo tempo incidem no ambiente das transações mercantis produzem passivos trabalhistas e tributários que, além de gigantescos, são imprevisíveis.
Há algo a ser feito. Uma nova postura política a de ser encontrada. Um movimento se torna necessário para o país participar do mercado do conhecimento. Integrar educação-ciência-inovação-economia. Necessitamos encontrar novas diretrizes a promover o conhecimento junto ao trabalho e capital como os três desenvolvedores da sociedade. Estabelecer esse novo tipo de valor.
Por MELK